Alemanha critica opressão de regime de Fidel Castro em Cuba
O governo alemão apelidou de "figura histórica" o líder cubano Fidel Castro, que morreu na sexta-feira, mas criticou o regime que implantou no seu país por oprimir a ilha durante décadas.
O porta-voz do executivo alemão, Steffen Seibert, assegurou num encontro com a imprensa que a revolução castrista submeteu "durante décadas" os cubanos a um "sistema de repressão política".
"A liberdade de expressão, os direitos humanos de todas as pessoas e a democracia não eram prioritários no pensamento de Fidel Castro", lamentou Seibert.
O governo alemão considera positiva a "parcial abertura económica" dos últimos anos, desde que Fidel delegou o poder no irmão Raul, e espera que se prossiga neste caminho, disse ainda.
O governo alemão não reagiu à morte de Fidel Castro durante o fim de semana e Seibert só se referiu ao assunto quando foi interrogado a este respeito pelos meios de comunicação social.
A morte do líder cubano teve um importante eco mediático na Alemanha, mas a figura de Fidel foi quase exclusivamente recordada por políticos da Esquerda, partido de pós-comunistas e de dissidentes social-democratas.