Autor de atentado em Liège não constava da lista de terroristas
O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, frisou que o homem que matou hoje dois polícias e um civil na cidade de Liège, tendo depois sido abatido pela polícia, foi indiretamente mencionado nos relatórios de segurança do Estado sobre radicalização.
Charles Michel afirmou que Benjamin Herman, morto após ter alvejado a tiro a três vítimas com a arma de fogo que roubou a uma agente da polícia, apareceu nos relatórios de segurança "em notas que não o visavam diretamente, mas a outras pessoas ou a outras situações".
O chefe do Governo belga disse que Herman não constava da lista mantida por um grupo de avaliação antiterrorismo, porque "diferentes serviços consideraram que, com base nos elementos que tinham, não havia razão para lhe dar tal qualificação".
Michel referiu que o atentado está a ser investigado como ato terrorista.
As forças de segurança revelaram que um outro agente ficou gravemente ferido no ataque e concluiu que "o objetivo do assassino era ir atrás da polícia", como referiu o chefe da corporação de Liège, Christian Beaupère.
Dois polícias e um passageiro de um automóvel morreram na sequência de uma troca de tiros em Liège, a cerca de 100 quilómetros de Bruxelas, num caso que está a ser tratado como um ato terrorista.
Segundo a polícia local, dois outros agentes foram feridos e o autor dos disparos abatido.
Em conferência de imprensa, a Procuradoria do rei esclareceu que às 10:30 (09:30 de Lisboa) um homem com uma arma branca atacou dois polícias pelas costas, desferindo vários golpes, e desarmou-os, matando-os em seguida.
O atacante disparou depois sobre um jovem de 22 anos que se encontrava no lugar do passageiro numa viatura, tendo depois entrado numa escola secundária onde tomou uma mulher como refém.
O suspeito foi abatido quando saiu da escola disparando, tendo ainda ferido dois polícias nas pernas.