Governo aprova fusão da CP e EMEF e avança com sinergias

Trabalhadores transitam com todas as regalias. Planos de expansão mantêm-se, mas também haverá sinergias para "eliminar duplicações".
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O governo aprovou esta quinta-feira a fusão entre a CP e a sua participada EMEF, "um processo que se iniciou em junho", e que tem agora a última fase, anunciou Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação.

"Concluímos um projeto que é importante para a vida da CP e também para a vida da EMEF", destacou o responsável no final da reunião de Conselho de Ministros, sinalizando que a fusão das duas empresas, que estava prometida para o final deste ano, "cumpre dois objetivos, um primeiro para responder a uma exigência do Tribunal de Contas para clarificar a situação das duas empresas", e um outro que tem a ver com "a gestão das empresas", com a resolução de "problemas de articulação" entre a empresa que faz a manutenção e a sua contratante, disse Pedro Nuno Santos.

Os trabalhadores da CP e da EMEF passam a estar numa única empresa mantendo as "regalias e direitos" adquiridos ao longo dos anos nas suas empresas de origem. Pedro Nuno Santos não avançou números, mas reconheceu que fusão da EMEF com a CP deverá permitir "eliminar a duplicação de serviços e departamentos" através de um "aproveitamento e sinergias" de determinadas unidades que atualmente existem nas duas empresas.

A empresa "EMEF/CP", como lhe chamou o ministro, estava prevista desde junho deste ano, altura em que o Conselho de Ministros deu início a um plano que previa a recuperação do material circulante e mais contratações. "Esse plano, que está a ser executado, não é posto em causa com a fusão, por isso, uma coisa não invalida a outra. Temos previstos planos de investimento nas duas empresas, eles são feitos agora no quadro de apenas uma empresa", destacou Nuno Santos.

Em junho, o governo tinha autorizado a CP a investir mais 45 milhões de euros até 2022 para a aquisição de material circulante e fabrico de comboios e carruagens em Portugal. À data ficou prevista a contratação de 187 trabalhadores para as duas empresas.

"O recrutamento está a ser feito no quadro do que foi aprovado em junho, naturalmente como estamos num processo de intensificação do investimento da ferrovia, as necessidades estão a crescer", sinalizou o governante.

Também esta quinta-feira, o Executivo aprovou o decreto-lei que dá continuidade em 2020 ao Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) nos transportes públicos, um programa de financiamento das autoridades de transporte que promove a redução tarifária nos sistemas de transporte coletivo de passageiros.

Ana Margarida Pinheiro é jornalista do Dinheiro Vivo

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