Governo admite não controlar todas as circunstâncias de um resgate
"Tudo aquilo que o Governo tem feito é no sentido de garantir condições de o Estado não necessitar de um segundo resgate, isso é claro, é reconhecido pelos nossos parceiros internacionais", afirmou.
"Claro que há circunstâncias que o Governo não controla e que dependem da tal margem de opções políticas que é deixada ao Governo para cumprir as condições do programa de assistência económica e financeira", afirmou.
Insistindo que "um Governo não controla todas as dimensões", Poiares Maduro frisou que "o espaço da ação política, hoje em dia, é limitado e é condicionado quer por via da Europa, por exemplo, quer por via da ação de outros poderes, como o poder judicial, que determina ou não o que é possível em termos políticos".
"O que o Governo fará seguramente é, quer reagindo à conjuntura europeia, quer reagindo a qualquer outra decisão que determine qual é o leque de opções políticas, é escolher aquelas que podendo até não ser as que mais desejaríamos, sejam mais necessárias e importantes para o país cumprir com os seus compromissos internacionais, acrescentou o ministro-adjunto, que falava aos jornalistas numa 'aula' da Universidade de verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até domingo.