Gouveia e Lima procuram inspiração no Portugal Masters

Os dois principais jogadores portugueses precisam de grandes resultados neste final de época para se manterem no European Tour
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No ano passado, no seu ano de rookie no European Tour, Ricardo Melo Gouveia chegou ao Portugal Masters pressionado para obter um bom resultado que lhe abrisse perspetivas de manter o cartão de membro da elite europeia no final do ano. O regresso a casa, ao campo do Dom Pedro Victoria Golf em Vilamoura, onde praticamente cresceu, serviu de rampa de lançamento para uma bela ponta final de época que não só lhe garantiu a permanência no circuito como lhe deu mesmo acesso ao luxuoso torneio final, no Dubai, reservado aos melhores 60 jogadores do ano.

Um ano depois, ligeiramente mais cedo no calendário - o torneio foi antecipado de outubro para setembro -, o cenário replica-se. E em duplicado. Além de Melinho (como é conhecido Melo Gouveia), Portugal tem também Filipe Lima no European Tour em 2017. E ambos chegam a Vilamoura com urgência de bons resultados para se manterem na primeira divisão do golfe europeu. Por isso, é neles os dois, naturalmente, que se centram as principais atenções do público português, que a partir de hoje pode acorrer ao campo algarvio para assistir ao segundo torneio do European Tour em território nacional neste ano - depois do regressado Open de Portugal, ganho pelo inglês Matt Wallace, em maio passado, em Portimão.

Melo Gouveia e Filipe Lima lideram o maior contingente nacional de sempre (13) no Portugal Masters. Aos dois principais golfistas portugueses juntam-se, convidados pelo European Tour, Tomás Melo Gouveia (irmão de Ricardo), Pedro Figueiredo, Tomás Silva, João Carlota, Tiago Cruz, Hugo Santos, Miguel Gaspar, Vítor Lopes, João Ramos, Tiago Rodrigues e Tomás Bessa. E ainda poderia estar Ricardo Santos, mas o algarvio está atualmente a tentar reconquistar o cartão do European Tour (de que fez parte entre 2012 e 2015) e preferiu viajar para o Cazaquistão, para disputar um torneio do secundário Challenge Tour.

Na luta pelos dois milhões de euros de prémios a distribuir pelo mais importante torneio português vai estar, além dos jogadores da casa, um elenco de grandes estrelas do golfe internacional, que engloba antigos vencedores deste Portugal Masters (o irlandês Padraig Harrington defende o título), campeões de torneios majors ou jogadores que estiveram a representar a seleção europeia na última Taça Davis.

Perante um elenco de tanto valor, Melo Gouveia e Filipe Lima precisam de jogar ao melhor nível para alimentar as esperanças, nesta parte final da temporada, de manutenção no European Tour em 2018. No ano passado, o 22.º lugar no Portugal Masters, com um agregado de 15 pancadas abaixo do PAR (recorde de um português neste campo), foi o clique de que Melinho precisava para um excelente fecho de época.

Neste ano, Gouveia arranca para o torneio no campo do Dom Pedro Victoria Golf - desenhado pelo lendário Arnold Palmer - na 133.ª posição da Corrida para o Dubai (só os primeiros cem têm direito a manter o cartão para 2018). Lima, que tem como melhor resultado neste torneio o 21.º lugar em 2007, está ainda mais abaixo (176.º). Ambos com evidente urgência em trepar lugares.

"Não tem sido o melhor ano, mas o meu jogo longo está um pouco melhor agora e penso que posso fazer um bom resultado, num campo que conheço desde miúdo", referiu ontem Ricardo Gouveia. Já Filipe Lima disse que vai "jogar para ganhar, dando o melhor, como sempre". Tanto um como outro esperançados em que o Portugal Masters lhes traga ventos de fortuna.

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