Google vai deixar de vender o Google Glass mas o projeto continua

A empresa anunciou que vai continuar a desenvolver o Google Glass à porta fechada.
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A Google vai deixar de vender Google Glass ao público. O aparelho vai deixar de ser produzido comercialmente, embora a Google tenha dito que vai continuar a trabalhar no projeto, só que à porta fechada. O projeto vai também deixar de pertencer aos laboratórios Google X para passar a ser uma equipa independente.

Na sua página da rede social Google Plus, a equipa de desenvolvimento do Google Glass agradece aos chamados Explorers, as pessoas que, até agora, compraram, experimentaram e ajudaram a desenvolver os óculos inteligentes da Google. "Pedimo-vos para serem pioneiros, e vocês pegaram naquilo que começámos e foram mais longe do que alguma vez sonhámos", diz o comunicado publicado quinta-feira, que explica que a transição do Google Glass para fora dos laboratórios experimentais Google X significa também o encerramento do Programa Explorer.

"O dia 19 de janeiro será o último para obter o Glass Explorer Edition", alerta a equipa no comunicado, explicando que continua a trabalhar no projeto. "Começarão a ver versões futuras do Glass quando elas estiverem prontas. (Para já, nada de espreitar.)"

O programa Glass At Work, porém, vai continuar a funcionar: não só a Google vai continuar a apoiar as empresas que já investiram no Glass, como novas empresas podem optar por comprar e adoptar o Glass como existe atualmente.

A designer principal do projeto, Isabelle Olsson, falou recentemente com o portal Fashionista e exprimiu as dificuldades de desenvolver um aparelho deste género sob o escrutínio do público. "É fácil esquecer quanto tempo isto realmente demora a fazer, mas nós mostramos esse processo ao mundo", contou Olsson. "Isso expõe o tempo real que demora a levar um produto para o mercado. A maioria das empresas faz isto à porta fechada durante sete ou dez anos".

Na divisão independente do Google Glass, agora fora dos laboratórios Google X, o projeto Glass vai manter a mesma diretora, Ivy Ross, e o seu superior vai ser Tony Fadell, da empresa Nest, que a Google comprou o ano passado.

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