Gonçalo e Batuta. Uma dupla lusitana com missão Olímpica
Se o ranking fechasse hoje, Gonçalo Carvalho e a Batuta tinham lugar garantido nos Jogos Olímpicos de 2016. E a avaliar pelas performances da égua, não há dúvidas de que isso vai acontecer em março quando for feita a média das quatro melhores provas. Este fim de semana começa na Alemanha uma série de quatro Grand Prix (Grande prémio) que se estendem até ao Natal.
"A qualificação para os JO é muito exigente. É preciso um ano inteiro de provas para o conseguir. No caso do primeiro cavalo, precisámos de cinco anos em nível de Grand Prix, mas com a Batuta estamos a conseguir em dois", explicou ao DN o cavaleiro, que em Londres 2012 surpreendeu ao terminar em 16.º lugar na disciplina equestre de dressage (ver caixa).
Por isso para o Rio 2016 há o objetivo de fazer melhor: "Acredito que conseguimos ficar entre os dez primeiros e estou a sonhar por baixo para não aumentar a expectativa." Gonçalo não esconde a admiração pela égua, uma puro-sangue lusitano, que lhe prendeu a atenção em 2011 e que começou a montar em 2013. "É um animal extraordinário, que tem muito potencial, muito superior ao Rubi (não desvalorizando). Já está a pontuar muito mais do que ele, o que faz que haja grande expectativa para os JO", confessou o atleta, explicando que a égua já pontuou a 77% (tal como o Rubi em Londres 2012) em cem possíveis.
O dono da Batuta, Mário Franco, de 30 anos, entrou "nisto dos cavalos" por via do negócio das rações animais. Uma vez um cliente pagou uma dívida com uma quinta e uns cavalos. Daí a apostar na criação foi um saltinho. Hoje tem um projeto para colocar o cavalo puro-sangue lusitano "a um nível de excelência".
Não diz quanto pagou pela égua, nem quanto ela vale agora, mas o DN sabe que já lhe ofereceram cinco milhões de euros (!). Mas até ao Rio2016 não vende...