Apesar de reativações, mantêm-se objetivo de deixar incêndio resolvido
O comandante das operações de socorro em Góis, Carlos Tavares, mantém o objetivo de dar por resolvido até ao final desta quarta-feira o incêndio que lavra desde sábado, apesar das muitas reativações registadas durante a tarde.
Em declarações aos jornalistas pouco depois das 18:00, no posto de comando de Góis, Carlos Tavares disse que o incêndio continua com duas frentes ativas.
"Estas alterações de vento, este vento de norte/oeste tem-nos trazido algumas complicações, algumas reativações, obrigando a um trabalho intenso por parte de todos os operacionais", afirmou.
Segundo o responsável, as duas frentes ativas "ainda não estão a ceder a meios", mas encontram-se "controladas".
"Estas reativações vão-nos causando constrangimentos. De qualquer forma, mantemos o mesmo objetivo" de dar o incêndio como resolvido ainda hoje, frisou.
Carlos Tavares contou que as reativações "têm surgido praticamente em todo o perímetro", o que obriga os meios a deslocarem-se "de norte para sul, de este para oeste".
"É um perímetro muito grande, em três concelhos - Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra - e que obriga a que haja este desgaste, porque não é um terreno plano. É um terreno em que, para movimentar um grupo de uma aldeia para outra, se demora uma hora", explicou.
Com o cair da tarde, tem-se sentido um vento mais fresco mas que, segundo o comandante, "tem estado a intensificar, o que causa mais reativações e mais problemas e aumenta as projeções nalgumas frentes".
"É bom que entre humidade. Esperamos que durante a noite consigamos dar a volta a estas duas frentes que nos têm estado a causar grande trabalho", sublinhou.
No teatro de operações está um total de 1.100 operacionais (incluindo 93 bombeiros espanhóis), 350 veículos, sete máquinas de rasto e 16 meios aéreos, um dos quais de coordenação.
Devido a este incêndio, tiveram de ser assistidas 37 pessoas e outras duas, uma das quais um bombeiro, transportadas para hospitais.
"O bombeiro já teve alta e em breve deve estar a regressar ao posto de comando para ser enviado para casa", acrescentou.