Ginny atira para o primeiro ouro e acerta na polémica

Campeã de carabina a 10 metros dispara sobre a controvérsia do uso de armas nos EUA
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Se o tiro não é um desporto muito mediatizado, ontem Ginny Thrasher fez de tudo para mudar essa realidade: a norte-americana, de 19 anos, surpreendeu todas as favoritas da disciplina de carabina a 10 metros, conquistou a primeira medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de 2016, e ainda disparou sobre a polémica discussão em torno da posse e porte de armas nos EUA. "Alguma desta controvérsia só nos faz distrairmo-nos do nosso desporto, que é muito diferente", apontou.

Ginny (de nome próprio Virginia) tornou-se a primeira atiradora dos EUA a conquistar o ouro olímpico em carabina a 10 metros desde 2000: uma façanha surpreendente para uma adolescente que só se interessou pelo tiro há quatro anos, após ter acompanhado o avô numa caçada ao veado. Thrasher derrotou as experientes (e favoritas) chinesas Du Li e Yi Siling. "Sinto-me muito orgulhosa. É algo muito especial para mim", disse, no final, antes de disparar sobre a polémica sobre o uso de armas nos EUA.

O assunto é um tema recorrente no país, devido à frequência com que ocorrem incidentes com armas de fogo, mas os atiradores desportivos queixam-se de que um endurecimento na legislação pode dificultar a compra e transporte de material de competição. "Apesar disso, eu tenho tentado focar-me na competição", concluiu Thrasher, que ainda vai participar na prova de carabina de três posições a 50 metros.

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