O chefe da Força Aérea admitiu esta terça-feira em Oeiras que, no curto prazo, o modelo de comando e gestão dos meios aéreos no combate aos fogos poderá ser misto e envolver a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)..Esse sistema misto significa que pelo menos os meios aéreos já encomendados pela ANPC para os próximos dois anos sejam geridos por aquela autoridade, observou o general Manuel Rolo..O chefe do Estado-Maior da Força Aérea falava em conferência de imprensa com o ministro da Defesa e os restantes chefes militares, destinada a fazer um balanço da atividade operacional das Forças Armadas em 2017 e projetar o seu emprego durante este ano..O ministro Azeredo Lopes adiantou que haverá financiamento e existirão os meios necessários para fazer face a quaisquer necessidades que surjam antes de ficar definido o modelo final, que atribui por completo à Força Aérea o comando e gestão das aeronaves de combate aos fogos..O general Manuel Rolo, referindo depois que 41% da atividade aérea da Força Aérea tem origem na base do Montijo, sublinhou que a abertura desta unidade militar ao tráfego aéreo civil "terá de ser feita de forma incremental" e que permita a transferência gradual das capacidades ali existentes para outros locais..Azeredo Lopes, no que se prevê ser um novo modelo de comunicação para divulgar a atividade das Forças Armadas, disse já estar definido um aumento das quotas em organismos públicos para serem atribuídas a militares voluntários que terminem os respetivos contratos..PSP, SEF e guardas prisionais são três áreas onde esse aumento vai ocorrer já este ano, a par da aprovação de novos incentivos que permitam atrair e reter mais jovens para e nas Forças Armadas, precisou o ministro da Defesa..O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Pina Monteiro, estimou que o efetivo de militares que estarão este ano envolvidos em missões no estrangeiro deverá variar entre os 2800 e os 2900. Esse número foi de 2614 em 2017.