Genro de Trump critica boicote da NBA: "Têm sorte em poder dar-se ao luxo disso"

Jared Kushner diz que gostaria de ver as estrelas da NBA "começar a procurar soluções concretas que sejam produtivas"
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O genro e conselheiro do presidente Donald Trump, Jared Kushner, criticou esta quinta-feira o boicote das estrelas da NBA, que protestavam contra o racismo e a brutalidade policial, dizendo que os jogadores tiveram a sorte de serem ricos o suficiente para passar a noite fora.

Os Milwaukee Bucks lideraram o boicote por causa de mais um disparo policial contra um homem negro, forçando a liga a interromper os playoffs e provocar uma onda de greves em outros desportos.

A NBA adiou os seus jogos de quarta-feira à noite depois de so Bucks se terem recusado a jogar frente aos Orlando Magic em protesto contra o tiro em Jacob Blake em Wisconsin no domingo.

"Os jogadores da NBA... têm o luxo de tirar uma noite de folga do trabalho - a maioria dos americanos não tem o luxo financeiro para fazer isso", disse Kushner em entrevista ao site de notícias Politico. "Acho que é bom que eles estejam a defender o problema, mas eu gostaria de vê-los começar a procurar soluções concretas que sejam produtivas", acrescentou.

O astro do Los Angeles Lakers, Lebron James, expressou a sua solidariedade aos Bucks. "EXIGIMOS MUDANÇAS. DOENTES", tweetou o basquetebolista, que lançou várias iniciativas anti-racismo.

Quando informado sobre o histórico de trabalho anti-racismo de LeBron James, Kushner disse que "se LeBron James contactar a Casa Branca", a Casa Branca entrará em contato com ele. "Ficaremos felizes em falar com ele e dizer: 'Olha, vamos chegar a um acordo sobre o que queremos fazer", afirmou.

Os adiamentos da NBA marcaram uma escalada dramática nos apelos da liga norte-americana de basquetebol por justiça social, que tiveram repercussão no desporto dos EUA desde a morte do homem negro desarmado George Floyd pela polícia de Minneapolis em maio.

Grandes manifestações em todo o país ficaram marcados por violência e roubos. "Acho que o protesto pacífico tem o seu lugar e importância", disse Kushner, alertando que não se "melhora a igualdade de riqueza ao destruir e atear fogo a lojas".

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