Numa análise à execução orçamental em contabilidade pública (em fluxos de caixa) dos três primeiros meses do ano, os técnicos independentes que funcionam junto da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças apontam um forte agravamento acima do esperado no Orçamento do Estado para 2013.."No primeiro trimestre, o acréscimo da despesa relativa ao subsídio de desemprego e de apoio ao emprego (92,6 milhões de euros), em termos homólogos, representa a quase totalidade do aumento anual previsto, em termos absolutos (98,2 milhões de euros)", dizem os técnicos..A UTAO lembra no entanto que as metas para as contas públicas foram alteradas em março, na sequência da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), e como tal não quer dizer que se estejam a falhar as novas metas até porque estas ainda não foram dadas a conhecer pelo Governo, nem o necessário orçamento retificativo foi apresentado..Ainda assim, já nos primeiros três meses, os técnicos detetam ainda um desvio na receita fiscal face ao previsto, mesmo no IRS - que é o imposto que maior aumento sofreu no orçamento deste ano -, que já está a beneficiar em pleno da aplicação das novas tabelas de retenção na fonte..Os únicos impostos cuja receita que não tinha um resultado pior que o esperado no orçamento foram o Imposto sobre o Tabaco e do Imposto Único de Circulação.