Garcia Pereira

Publicado a
Atualizado a

Garcia Pereira criticou ontem, em Mondim de Basto, as reformas "miseráveis" que os idosos têm em Portugal e a política do Governo que "obriga" os cidadãos a trabalhar "quase até à morte".

O candidato apoiado pelo PCTP/MRPP dedicou o primeiro dia de campanha oficial ao norte do País, onde falou sobre as políticas sociais, ambientais e de transportes.

Garcia Pereira mostrou-se "chocado" com o nível das reformas que os idosos recebem em Portugal, que considerou "absolutamente miserável", e criticou o facto de, em Portugal, se pagarem os medicamentos mais caros de toda a Europa. Alertou ainda para "os projectos do Governo que visam obrigar as pessoas a trabalhar praticamente até à morte sobre o pretexto da sustentabilidade do sistema da segurança social".

O candidato visitou o Lar da Santa Casa da Misericórdia de Mondim de Basto, que acolhe cerca de 200 idosos, e considerou que actualmente a sociedade "atira para um canto com os velhos como se não fossem cidadãos de pleno direito". "É um direito fundamental que todo o cidadão tem. Depois de reformado ou quando não pode tratar de si por razões de doença ou velhice, a sociedade devia pagar a esse cidadão o triplo do que ele já lhe pagou com dezenas e dezenas de anos de trabalho", frisou. Salientando a necessidade de se criar condições para que as próprias famílias possam tratar dos idosos, ou quando isso não é possível, que estes tenham instituições suficientes que lhes proporcionem condições mínimas de assistência, apoio e alimentação.

Durante a manhã, Garcia Pereira desceu a Lorido, concelho de Celorico de Basto, localidade que "ficou isolada" após o encerramento da linha do vale do Tâmega, em 1987. O objectivo foi alertar para a "lógica de abandono completo da população do interior e para a ausência de uma política nacional, designadamente em matéria de transportes".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt