Futebol é o melhor veículo para vender imagem do País
A visibilidade e a consequente promoção do país é uma das mais-valias de um Mundial. No último campeonato, na África do Sul, perto de 30 mil milhões de pessoas seguiram o torneio pela televisão e em Portugal cada jogo foi visto por uma média de 875 mil telespectadores. Dados só superáveis à abertura dos Jogos Olímpicos.
Na Internet, o Mundial de 2010, provocou um aumento de 200% na procura pelos principais portais jornalísticos. O encontro de abertura, a 11 de Junho, foi o principal evento na net até hoje, tendo atingido 12 milhões de visitantes em simultâneo, superando os 8,5 milhões de Novembro de 2008, quando Barack Obama venceu as eleições nos Estados Unidos.
Esta visibilidade, que torna a organização de um Mundial tão apetecível, traduz-se em benefícios incalculáveis para os países anfitriões, como salientou ao DN Carlos Coelho, criador de marcas e presidente Ivity Brand Corp (empresa que se dedica à criação e inovação de programas de marcas).
"O futebol é hoje o mais importante desporto planetário, visto por milhões de adeptos e, por isso, uma marca importante para o nosso país. No futebol somos mundialmente influentes; temos o futebol mais sexy da Europa, jogadores e treinadores nas principais equipas do mundo. Ao fazer sair o futebol do seu sentido estrito, e usando-o na dimensão universal, podemos aproveitar o capital de notoriedade e criar uma plataforma de credibilidade internacional, que nos permita promover as nossas melhores marcas, símbolos do profissionalismo e determinação de uma geração de portugueses empenhados em mostrar uma imagem de Portugal contemporâneo, ao nível dos melhores do mundo", disse Carlos Coelho.
E de que forma Portugal deve "vender" a imagem de forma a retirar o máximo retorno da organização da prova? Para este criador de marcas o país "deve vender-se como é: um País Genial, com 866 anos de experiência, 92 080 km2 de terra e uma eternidade de mar."