Macron promete reconstruir São Martinho e reforça segurança na ilha
O Presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu esta quarta-feira reconstruir a ilha de São Martinho e diversificar a sua economia, muito dependente do turismo, no final de sua visita à ilha das Antilhas devastada pelo furação Irma.
Macron passou esta noite na parte francesa deste arquipélago e esta quarta-feira desloca-se a São Bartolomeu (St. Barthélemy), outra ilha francesa afetada pelo Irma, com o ministro da Saúde, que alertou para a eventual propagação de doenças após o colapso dos sistemas de fornecimento de água, eletricidade e comunicações.
Numa resposta às críticas sobre a alegada incapacidade do seu Governo em adotar todas as medidas necessárias para enfrentar o Irma, Macron prometeu retirar os residentes mais afetados nesta ilha francesa e fornecer assistência e abrigo aos que optarem por permanecer.
"Vimos que as pessoas estão determinadas a reconstruir e regressar a uma vida normal", disse Macron na terça-feira. "Estão impacientes por respostas e alguns estão muito, muito zangados. A revolta é legítima porque é o resultado do medo que enfrentaram e por estarem muito cansados. É certo que alguns pretendem abandonar a ilha, e vamos ajudá-los nesse esforço", adiantou.
Esta quarta-feira, Macron, anunciou o envio de mil agentes suplementares das forças de segurança para a parte francesa da ilha franco holandesa de São Martinho (Saint Martin/Sint Maarten), que se vão juntar aos 2 mil já presentes no terreno para evitar as pilhagens registadas à passagem do furacão, e disse que esse reforço, que inclui guardas, polícias e pessoal da proteção civil, está concluído até ao final da semana.
O chefe de Estado francês insistiu ainda que os esforços da administração se estão a concentrar "no regresso a uma vida normal na ilha, tão normal quanto possível".
De acordo com os números oficiais, a passagem do furação Irma pela parte francesa de St. Martin causou 11 mortos e vários desaparecidos.
Segundo a contagem da agência France Presse, o Irma fez 27 mortos nas Antilhas, 14 das quais em São Martinho, 10 em Cuba e dois na Florida.