Furacão Dorian sobe de categoria e já fez pelo menos 20 mortos

Meteorologistas alertam para tempestades "fatais" à costa dos EUA nos próximos dois dias, para onde se dirige o furacão.
Publicado a
Atualizado a

O furacão Dorian recuperou força e subiu para uma tempestade de categoria 3 com ventos até 217 quilómetros por hora, anunciou na quarta-feira à noite o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).

De acordo com o último boletim da NHC, o olho do furacão está localizado a 170 quilómetros ao sul de Charleston (Carolina do Sul) e 365 quilómetros ao sul-sudoeste de Wilmington (Carolina do Norte), avançando para norte a uma velocidade de 11 quilómetros por hora.

Os meteorologistas da NHC alertaram que o furacão pode trazer tempestades "fatais" à costa dos EUA nos próximos dois dias.

O furacão Dorian, que até agora não causou mortes ou estragos nos Estados Unidos, aumentou nas últimas horas o seu vento máximo sustentado de 165 para 185 quilómetros por hora. Milhões de pessoas na Florida, Geórgia e Carolina do Sul foram aconselhadas a sair dos locais próximos da costa, por onde Dorian deve passar.

Por outro lado, o balanço das consequências do furação nas Bahamas já fez pelo menos 20 mortos. Um número que pode ainda aumentar, anunciou também na quarta-feira o ministro da Saúde deste arquipélago nas Caraíbas. "O balanço passou para 20 mortos", declarou a uma rádio local Duane Sands, adiantando que 17 das mortes aconteceram nas ilhas Ábaco e três na ilha da Grande Bahama. O Dorian afetou fortemente o arquipélago, sobre o qual permaneceu por muito tempo quase imóvel, com chuvas torrenciais.

Segundo o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, 60% de Marsh Harbour, a principal cidade das Ábaco, ficou destruída. O aeroporto ficou sob a água, com a pista inundada, e toda a zona parecia um lago.

As Nações Unidas indicaram na quarta-feira à noite que cerca de "70 mil pessoas precisam de ajuda imediata".

Os ventos severos e as águas castanhas e lamacentas destruíram ou danificaram gravemente milhares de casas, incapacitando a atividade de hospitais e deixando muitas pessoas presas em sótãos.

As Bahamas foram atingidas no domingo pelo mais forte furacão registado na história do arquipélago, que fustigou, principalmente, as ilhas Ábaco e Grande Bahama, com ventos até 295 quilómetros por hora e chuva torrencial, antes de seguir na terça-feira a sua rota em direção à Florida.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt