Fundador do Facebook hoje em Bruxelas para dar explicações

Mark Zuckerberg aceitou transmissão na internet da reunião de cerca de uma hora e um quarto à porta fechada com os líderes dos grupos políticos do Parlamento Europeu, o presidente e o relator da Comissão de Liberdade e Justiça
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Mark Zuckerberg vai hoje ao Parlamento Europeu, em Bruxelas, dar explicações sobre o uso indevido dos dados de 87 milhões de utilizadores do Facebook, 2,7 milhões dos quais de cidadãos europeus (63 080 deles portugueses).
A reunião acontece a quatro dias da entrada em vigor no espaço da UE do Regulamento Geral sobre a Proteção dos Dados Pessoais. Este vai alterar a forma como as empresas, online e offline, gerem e armazenam os dados dos utilizadores. Todas as entidades corporativas, Facebook incluído, vão ter de se adaptar à nova legislação.

Ao contrário do que aconteceu em abril no Congresso dos EUA, o fundador do Facebook, de 34 anos, não será ouvido no plenário do Parlamento Europeu, mas à porta fechada pelos líderes dos grupos políticos europeus e pelo presidente e pelo relator da Comissão para as Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos (LIBE).

Depois de muita polémica, a reunião daqueles eurodeputados com o fundador do Facebook vai ser transmitida pela internet, confirmou ontem o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.

"Discuti pessoalmente com o CEO do Facebook, Sr. Zuckerberg, a possibilidade de a reunião ser transmitida em webstreaming. Estou contente por anunciar que ele aceitou este pedido. O encontro é das 18.15 às 19.30 [menos uma hora em Lisboa]", escreveu o italiano no Facebook.

Um comunicado falou depois em início previsto para as 18.20. E em conferência de imprensa de Antonio Tajani às 19.30. Mais coisa menos coisa, Zuckerberg dedicará cerca de uma hora e um quarto ao Parlamento Europeu (o Congresso dos EUA teve direito a dez horas divididas por dois dias).

"Irei ouvir Zuckerberg porque o webstreaming torna as coisas transparentes e públicas", escreveu no Twitter Guy Verhofstadt, líder do grupo dos liberais do ALDE, que exigira uma audição nos mesmos moldes da do Congresso dos EUA.

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