No final daquele que foi o último Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães (FCG), Jorge Sampaio revelou existir um fundo de provisão de 303 mil euros para fazer face a possíveis indemnizações relativas ao processo de saída das ex-administradoras da fundação Cristina Azevedo e Carla Morais, em julho de 2011..No entanto, a soma dos montantes exigidos por ambas ultrapassa um milhão de euros..Sampaio revelou ainda que a fundação termina com um "saldo final" de 73 mil euros e que, neste momento, apenas tem "dívidas residuais" a fornecedores, na ordem dos 10 mil euros, enquanto o presidente do Conselho de Administração, João Serra, salientou o sentimento de "missão cumprida" neste ultimo momento de Guimarães2012.."A FCG será extinta e será nomeada uma comissão liquidatária, no caso a Câmara Municipal de Braga e a secretaria de Estado da Cultura, que partilharão o património deixado pela FCG", revelou Sampaio..A extinção da Fundação vai ser aprovada "brevemente" em Conselho de Ministros, naquela que foi uma "decisão consensual entre as duas entidades fundadoras", Câmara Municipal e Estado, revelou o representante do secretário de Estado, António Ponte..Segundo ex-Presidente da República, a responsável máxima pela CEC Guimarães2012 será extinta com "um saldo final de 73 mil euros, sendo que neste momento as dívidas a fornecedores são residuais, cerca de 10 mil euros"..Quanto à comissão liquidatária, além do pagamento de eventuais responsabilidades advindas do funcionamento da FCG e de responsabilidades judiciais, como as indemnizações exigidas pelas ex-administradoras, vai também partilhar o património da fundação.."O património, como direitos de autor que há ainda a receber e outros ativos, serão sempre divididos", explicou António Ponte..João Serra, que substituiu Cristina Azevedo no comando de Guimarães 2012, apontou o dia de hoje como um "momento particularmente importante", já que a última reunião da FCG ocorre no dia em que Guimarães celebra a elevação do Centro Histórico a Património Mundial da Humanidade.."Este processo de extinção só não foi exemplar porque gostaria que tivesse sido mais cedo", disse João Serra, realçando o sentimento de "missão cumprida", uma vez que "todas as contas estão acertadas".."Isto não quer dizer que não se deixam problemas difíceis para o futuro mas aquilo que foi gasto foi bem gasto", acrescentou.Já o atual presidente de Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, realçou que a CEC foi um momento de "excelência" e de "referência" para a cidade e para a Europa.."Temos hoje uma cidade europeia da cultura", concretizou.