Função pública. Frente Comum marca greve nacional para 20 de março

Estrutura sindical exige aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores em 2020 e a "correção urgente" da tabela remuneratória única.
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A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública anunciou esta sexta-feira uma greve nacional para 20 de março, exigindo aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores em 2020 e a "correção urgente" da tabela remuneratória única.

A decisão foi anunciada durante um plenário nacional de sindicatos da administração pública, realizado esta tarde junto à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, Lisboa.

Os sindicatos da Frente Comum, estrutura da CGTP, exigem uma "efetiva negociação por aumentos salariais reais", depois de o Governo ter avançado com uma atualização de 0,3% para a função pública e um acréscimo de 10 euros nos dois níveis remuneratórios mais baixos (até cerca de 700 euros).

A última greve de trabalhadores da administração pública realizou-se a 31 de janeiro, convocada pela Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), depois de a Frente Comum ter anunciado uma manifestação para esse dia, com pré-avisos de greve para que os trabalhadores participassem no protesto.

Além do aumento salarial de 90 euros, a Frente Comum exige a correção da tabela remuneratória única, a contagem de todo o tempo de serviço nas carreiras, a atualização do subsídio de refeição para 6,5 euros e a reposição dos 25 dias de férias na administração pública.

O novo coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, afirmou, na sua primeira intervenção enquanto líder daquela estrutura sindical da CGTP, que a paralisação de dia 20 de março "será seguramente uma grande greve, uma vez que o descontentamento grassa em todos os locais de trabalho".

Perante dezenas de sindicalistas, Sebastião Santana afirmou que, "ao contrário do Governo", os sindicatos "cumprem as suas promessas", lembrando que na última manifestação, no dia 31 de janeiro, a estrutura avisou que "a luta vai continuar".

O dia 20 de março "vai ser um grande momento de luta na administração pública", disse Sebastião Santana, acrescentando que "o Governo não vai ter calma se decidir não ouvir os trabalhadores".

Por seu lado, também Ana Avoila defendeu que a greve "vai ser seguramente das maiores de sempre na administração pública" perante os aumentos salariais de 0,3% colocados em cima da mesa pelo Governo para a generalidade dos trabalhadores com um acréscimo de 10 euros para os salários mais baixos (até cerca de 700 euros).

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