Fumo cobre o país. Saiba as precauções a tomar
Os incêndios de grande dimensão que têm devastado grandes áreas do país na última semana, em conjugação com os ventos fortes que se fazem sentir, cobriram a maior parte de Portugal continental e do arquipélago da Madeira com nuvens de fumo. A inalação deste ar de fraca qualidade pode ter efeitos nefastos na saúde, especialmente junto das populações mais vulneráveis.
A Agência Portuguesa do Ambiente explica que a poluição associada às emissões dos incêndios florestais, constituídas por partículas e compostos gasosos, apresenta riscos para a saúde humana por prejudicar a qualidade do ar que é inalado. Estas consequências na saúde podem manifestar-se através da irritação dos olhos e do trato respiratório, e podem ainda provocar uma diminuição da função respiratória que resulte em dores de cabeça, tonturas e náuseas.
O que fazer quando se é exposto ao fumo?
Nas zonas expostas à poluição e com menor qualidade do ar, há alguns comportamentos importantes a adotar para procurar proteger-se, como recomenda a Direção-Geral de Saúde. Pode consultar aqui a lista completa dos comportamentos recomendados pela DGS em caso de exposição ao fumo de incêndios de vários tipos, e como se comportar se houver um incêndio nas proximidades da sua residência.
A Agência Portuguesa do Ambiente sublinha algumas das ações a tomar, especialmente no que toca aos grupos mais sensíveis. A atividade física intensa no exterior deve ser reduzida ao mínimo, deve-se evitar fumar ou contactar com produtos irritantes que contenham solventes (como gasolina, tintas e vernizes), e deve-se recorrer a cuidados médicos caso haja sintomas agravados ou prolongados.
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Grupos sensíveis devem tomar especial atenção às precauções
As crianças e idosos são particularmente sensíveis à diminuição da qualidade do ar, assim como os doentes asmáticos ou pessoas cuja capacidade respiratória esteja debilitada por outro tipo de doença, devendo estes últimos ter o cuidado de manter a sua medicação consigo e de continuar a seguir rigorosamente qualquer tratamento médico que esteja em curso.
Qualidade do ar influenciada pelos incêndios
Desde o dia 8 de agosto, explicou a Agência Portuguesa do Ambiente ao DN, que têm ocorrido "situações de índices de qualidade do ar de nível médio e fraco" no continente e na Madeira. Estes níveis devem-se em parte aos incêndios que têm deflagrado, cujo efeito é amplificado pelas altas temperaturas e pelas condições de dispersão que favorecem a formação de ozono troposférico e ainda aumentam a concentração de partículas no ar.
Ao longo dos próximos dias prevê-se ainda a intrusão de uma massa de ar vinda das regiões áridas do Norte de África, que deverá afetar o Alentejo e o centro de Portugal e reduzir a qualidade do ar nesses locais.
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