Fuga de capitais chegou a 163 mil milhões até maio

Nos primeiros cinco meses de 2012 foram retirados de Espanha 163 mil milhões de euros, um valor que fica pouco abaixo de toda a riqueza produzida em Portugal durante um ano, anunciou hoje o banco central espanhol.
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Estes números refletem o aprofundar da crise de confiança da economia espanhola. Só em maio, segundo o Banco de Espanha, saíram 41.300 milhões de euros do país; por comparação, em maio de 2011 este fluxo tinha chegado aos 9.500 milhões de euros, mas o saldo era positivo, porque tinham entrado em Espanha 24 mil milhões de euros.

O Governo está a fazer "tudo o que lhe cabe" para evitar a fuga de capitais, disse hoje a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais espanhola, Marta Fernández Currás.

"Todas as medidas do Governo servem para devolver a este país à senda da confiança e do crescimento num momento económico e financeiro muito delicado", afirmou, citada pela agência Efe.

Fernández Currás acrescentou que não será necessária nenhuma medida adicional para cumprir as metas orçamentais com que Espanha se comprometeu este ano.

Na semana passada, o banco central confirmou que a recessão em Espanha se agravou no segundo trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,4 por cento em relação aos primeiros três meses do ano, quando a quebra em cadeia já tinha sido de 0,3 por cento.

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