Freguesia de São José quer criar o primeiro hotel social
Com dois andares, o número 50 da rua de São José tem todas as portas e janelas entaipadas e exibe várias marcas de degradação na fachada, coberta por azulejos azuis. É neste edifício, fechado há mais de uma década, que a junta de freguesia quer instalar o primeiro hotel social da capital.
"Serão quatro apartamentos para albergar quem deles necessite" em casos de urgência, descreveu à Lusa o presidente da junta de São José, Vasco Morgado (PSD).
O espaço servirá para dar resposta, durante três meses - ou, no máximo, seis - a famílias afetadas por um incêndio ou uma derrocada na sua casa, ou que percam as suas casas por falta de pagamento, devido a uma situação de desemprego, ou ainda para albergar pessoas sem-abrigo em noites muito frias.
O projeto destina-se essencialmente à população da freguesia, explicou o autarca.
"A pessoa não sai do seu meio natural e fica realojada aqui até se conseguir resolver o problema", referiu, admitindo, porém, que possa ser alargado aos habitantes de freguesias limítrofes como São Mamede e Coração de Jesus, onde "as realidades são muito semelhantes" com a de São José.