Free Now anuncia a integração de transportes públicos na sua aplicação

A novidade surgirá primeiro na Alemanha e, posteriormente, no resto dos mercados europeus.
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O presidente executivo (CEO) da Free Now, Thomas Zimmermann, anunciou hoje, em declarações à Lusa, que a plataforma de mobilidade é a primeira a oferecer serviços de transporte público, primeiro na Alemanha e, posteriormente, no resto dos mercados europeus.

Thomas Zimmermann falava à Lusa à margem da Web Summit, cuja sétima edição termina hoje em Lisboa.

O serviço está disponível "primeiro na Alemanha e depois vamos escalar pela Europa", afirmou o gestor, referindo que ainda não tem uma data para Portugal.

"Se olhar para a nossa app [aplicação] é basicamente um balcão único para a mobilidade" de táxis, TVDE, 'scooters' elétricas, bicicletas elétricas, trotinetes elétricas e carros partilhados, sem ter de mudar de aplicação, refere.

Mas "faltava o transporte público, que é uma importante parte do sistema de transportes urbanos", diz, salientando que é um dos desafios da integração dos sistemas, que muitas vezes diferem de cidade para cidade.

A primeira parceria que permitiu o acesso ao transporte público através da Free Now foi assinada com a Rheinbahn, na Alemanha, pelo que os utilizadores da plataforma podem reservar bilhetes para autocarros, elétrico e metro diretamente da aplicação para todas as zonas da Associação de Transportes Públicos Reno-Ruhr (VRR).

A rede irá incluir grandes cidades alemãs, tais como Dusseldorf, Dortmund, Essen, Bochum, Wuppertal e Duisburg, acrescenta o CEO da Free Now, que também está presente em Portugal.

Questionado sobre para quando a integração de transportes públicos em Portugal, Thomas Zimmermann diz ser "muito difícil de dizer".

Isto porque "a integração técnica" é complexa e envolve o próprio sistema de transportes da cidade. "Estamos a tentar ser o mais rápidos possível", mas não é possível avançar com uma data específica para o mercado português.

À pergunta se esta oferta poderá estar disponível em Portugal dentro de dois anos, o CEO da Free Now afirma: "Espero que sim".

Sobre o negócio, em termos gerais, Thomas Zimmermann disse que "está a correr muito bem", depois de os efeitos do coronavírus terem ido embora, porque as pessoas estão "a deslocar-se novamente".

Apesar não poder adiantar detalhes sobre receitas, Thomas Zimmermann prevê crescimento "a três dígitos", mas salienta que é natural, já que se está a sair do período pandémico.

Relativamente ao mercado português, sublinha a importância do turismo para o negócio.

"Há picos sazonais, na temporada de férias há mais turistas em Lisboa", em que as pessoas usam mais a plataforma, diz.

Relativamente à mobilidade, o gestor diz que "todas as cidades estão a mudar", recordando que há cidades europeias cujo o acesso ao centro por automóveis privados tem restrições.

"Vamos continuar a ver esta tendência, essencialmente numa cidade", prossegue.

Para Zimmermann, a transformação das cidades está a acontecer e "então plataformas" como a Free Now poderão ajudar a "acelerar e isso pode oferecer um novo nível de conveniência".

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