Frederico Varandas atira-se à arbitragem do clássico
A arbitragem do clássico deste sábado, que terminou empatado (2-2), não revoltou apenas Rúben Amorim. Também o presidente do Sporting se atirou à arbitragem do Sporting-FC Porto, da 5.ª jornada da I Liga. "Hoje o Sporting está triste porque perdeu dois pontos e acho que o futebol português também está triste porque teima em não mudar", lamentou Frederico Varanda no final do jogo.
O lance entre Zaidu e Pote, de um possível penálti que o árbitro Luís Godinho reverteu após consultar o VAR foi a gota de água e levou o dirigente leonino a questionar se o mesmo aconteceria no Dragão ou na Luz. "Já vi o lance várias vezes, e só faço uma pergunta: este mesmo lance, este possível penálti, sabem quando é que era revertido no Estádio do Dragão ou na Luz? Nunca, nunca. O árbitro vê empurrão nas costas, assinala penálti, depois o VAR analisa se há intensidade, se é dentro ou fora da área. É o costume... o VAR deve analisar num erro clamoroso. Para mim é penálti, é. O jogador leva um encosto no ar, para mim é penálti. Foi marcado, em Alvalade, é revertido. Mas também vi em Tondela o Doumbia ser pisado, o árbitro bem a mostrar o vermelho, o VAR chamou e reverteu em amarelo. Também vi um penálti claríssimo em Moreira de Cónegos que o mesmo VAR de hoje não viu. O VAR chamou o árbitro, viu mas o árbitro continuou a achar que não era penálti."
"São estas coisas que acontecem no futebol português mas sobretudo ao Sporting", que levaram o presidente dos leões a dizer que "em Portugal, para triunfar só por mérito, é muito difícil". Ainda mais no futebol: "Não interessa se a pessoa foi apanhada em escutas, se tem processos judiciais, interessa é se tem poder, se ganhou e aí todos prestam vassalagem."
Frederico Varandas disse ainda que o Sporting dá todo o apoio ao presidente da arbitragem, mas "se os soldados não prestam, encostam-se". De resto: "Há valores que o Sporting não abdica, não vamos fazer o que se fazia, não vamos jogar sujo, mas se tivermos de gritar, vamos gritar bem alto. Custe o que custar, vamos vencer."