Oposição aperta o cerco a Galamba após audição de ex-adjunto

Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro João Galamba, foi ouvido esta tarde no Parlamento pela Comissão de Inquérito à TAP. Segue-se depois a chefe de gabinete do ministro. Acompanhe aqui ao minuto.
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O ex-adjunto de João Galamba esteve esta tarde no Parlamento a depor perante a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a gestão da TAP.

Numa audição com mais de cinco horas (começou às 14.00, terminou perto das 20.00), Frederico Pinheiro refutou as versões até agora conhecidas sobre os acontecimentos antes e depois da sua exoneração. Segundo o ex-adjunto, quem foi agredido, afinal, foi o próprio. "Não sou o agressor, sou o agredido", diz.

Mas o maior destaque vai para as declarações fortes sobre António Costa, primeiro-ministro, João Galamba, e, também sobre a atuação do SIS: "Fui ameaçado pelo SIS, fui injuriado e difamado pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Infraestruturas. Fui alvo de uma campanha injuriosa, mentirosa e difamatória por altos responsáveis políticos, com os meios do Estado ao seu dispor."

Além disso, afirmou Frederico Pinheiro acusou ainda João Galamba de o ameaçar aquando da demissão, que aconteceu por telefone: "Não te despeço pessoalmente se não dava-te dois socos."

Segundo Frederico Pinheiro, durante a intervenção do SIS no seu telemóvel, o ex-adjunto ficou sem acesso às mensagens que tinha no dispositivo. A justificação dada foi "a falta de um backup na cloud". Esse telemóvel foi, aliás, entregue à Comissão Parlamentar de Inquérito, que o irá entregar à Polícia Judiciária, para a recolha de prova.

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