O "Jornal de Notícias" escreve na sua edição de hoje que "a alegada existência de águas subterrâneas, que fez derrapar o custo do novo Hospital Pediátrico de Coimbra em muitos milhões de euros, foi uma "fraude", diz o ex-fiscal residente da obra. João Costa da Silva, que deixou aquelas funções depois de ser proibido de entrar na obra em 2008, põe em causa a argumentação que, em grande medida, permitiu ao consórcio construtor Somague/Bascol invocar custos imprevistos e cobrar cerca de 10 milhões de euros em contratos adicionais e alcançar uma indemnização de 16,7 milhões de euros em ação arbitral ganha à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). Ou seja, uma faturação de cerca de 27 milhões"..Segundo o jornal, "a tese da existência de uma linha de água no subsolo do hospital, mas também de rocha que viria a justificar o uso imprevisto de explosivos nas escavações dos terrenos, é constestada no relatório de João Costa que, em 2011, levou aInspeção Geral de Atividades em Saúde (IGASS) a abrir uma investigação. O documento revela que foram detetados defeitos no edifício por erros de costrução e troca de materiais, que implicarão obras urgentes, de cinco milhões de euros, e obras profundas, que deverão levar a ARSC a reclamar uma indemnização de 20 milhões de euros ao empreiteiro. Razões pelas quais a Polícia Judiciária está a investigar o caso, por burla. A questão da água subterrânea também consta no relatório com sendo uma fraude e uma vistoria ao local feita pelo IGAS afirma que em 46 furos feitos no terreno não foi detetada água no subsolo".