Fragata portuguesa chegou ao Fogo com comida e sismógrafos
A fragata portuguesa Álvares Cabral está fundeada ao largo de São Filipe, a maior cidade da ilha do Fogo, e já deixou em terra um conjunto de sismógrafos que irão reforçar os existentes em Chã das Caldeiras.
O navio da Marinha, que deverá ficar em Cabo Verde pelo menos 15 dias, começou a descarregar na quinta-feira à tarde para pequenas embarcações de borracha parte do equipamento que trouxe para apoiar as operações ligadas à erupção vulcânica.
"Desembarcou-se algum material hoje, trabalho que prossegue amanhã [sexta-feira]. Os sismógrafos são uma prioridade porque a erupção continua. Temos uma rede que pode ser reforçada. Como dizem os técnicos, os sismógrafos são os nossos ouvidos, e quantos mais ouvidos estiverem no terreno melhor", afirmou à Lusa a ministra da Administração Interna cabo-verdiana.
Marisa Morais adiantou que está também a ser coordenada uma visita dos médicos e psicólogos que vieram na fragata aos três centros de acolhimento para onde foram levados muitos dos cerca de 1200 moradores de Chã das Caldeiras.
Para ontem estava previsto o desembarque de medicamentos, alimentos, casas de banho portáteis, cobertores, colchões, água, máscaras e óculos, entre outro equipamento de emergência, que vêm ajudar a suprir as diferentes necessidades dos desalojados e dos centros de acolhimento.