FPF está a analisar decisão sobre ilegalidade das escutas

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) está a analisar a decisão do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa (TACL) que confirmou a ilegalidade da utilização das escutas como prova nos processos disciplinares ao presidente da União de Leiria.
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Em esclarecimento à Agência Lusa, a FPF disse já ter sido notificada da decisão do TACL, anunciada segunda-feira, acrescentando apenas que o assunto está a ser analisado.

Em Maio de 2008, João Bartolomeu foi punido com um ano de suspensão e multa de quatro mil euros por tentativa de corrupção pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa e Futebol Profissional no âmbito do processo Apito Final.

Anunciado o castigo, João Bartolomeu recorreu para o Conselho de Justiça (CJ) da FPF para que fossem retirados dos processos disciplinares as escutas telefónicas utilizadas em sede judicial (no processo Apito Dourado), baseando-se numa decisão do Supremo Tribunal Administrativo, agora confirmada pelo TACL.

O CJ da FPF não atendeu aos argumentos e acabou por confirmar a decisão da CD da LIGA .

O advogado de João Bartolomeu, Paulo Samagaio considerou segunda-feira que "a decisão do TACL anula o acto do Conselho de Justiça da FPF, que não atendeu o Supremo Tribunal Administrativo, e declara nula a deliberação que violou esse acórdão".

O advogado espera agora que o Conselho de Justiça, perante a decisão do TACL, "profira nova decisão" e, atendendo a que as escutas são o único meio de prova, acredita que "será empurrado para uma absolvição".

Em caso de revisão dos castigos aplicados pelo Conselho de Justiça da FPF, e atendendo até que o processo de João Bartolomeu não transitou em julgado, não é de excluir a interposição de acções indemnizatórias.

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