Fox News apoia a CNN em processo judicial contra Trump
A Fox News anunciou o seu apoio ao processo judicial interposto pela CNN contra a Administração de Donald Trump. Em causa está a decisão da Casa Branca de retirar as credenciais ao jornalista Jim Acosta, após uma acesa troca de palavras com o presidente norte-americano na última conferência de imprensa.
"A Fox News apoia a CNN na sua batalha legal para recuperar as credenciais de imprensa do jornalista da Casa Branca", segundo um comunicado da Fox News, anunciando que pretende constituir-se como assistente do processo. "Os passes dos Serviços Secretos para os jornalistas que trabalham na Casa Branca nunca devem ser transformados em armas", indica o comunicado do presidente da Fox News, Jay Wallace.
"Embora não aceitemos o crescente antagonismo do presidente e dos media em recentes conferências de imprensa, apoiamos uma imprensa livre, livre acesso e trocas abertas para o povo americano", acrescentou.
A CNN já agradeceu o apoio da Fox News, partilhando o comunicado de Wallace nas redes sociais.
Outros media, desde a agência Associated Press, ao The Washington Post, passando pela NBC News ou o The New York Times, já demonstraram o seu apoio à CNN e a Jim Acorsta.
"Quer as notícias do dia digam respeito à segurança nacional, à economia ou ao ambiente, os jornalistas que fazem a cobertura da Casa Branca devem continuar a ser livres de perguntarem o que quiserem. É imperativo que os jornalistas independentes tenham acesso ao presidente e à sua agenda, que não sejam barrados por razões arbitrárias", indicaram.
A cadeia de televisão norte-americana CNN anunciou esta terça-feira que processou a administração Trump, exigindo a restituição da acreditação para a Casa Branca ao jornalista Jim Acosta.
A acreditação de Acosta como correspondente da CNN na Casa Branca foi revogada na semana passada na sequência de um confronto verbal entre o Presidente Donald Trump e o repórter.
A Casa Branca assegurou que se defenderá "vigorosamente" da queixa da CNN, que acusou a administração Trump de violar o direito à liberdade de imprensa ao retirar a acreditação a um jornalista.
"É apenas uma nova chamada de atenção da CNN e defender-nos-emos vigorosamente contra este processo", reagiu a Administração em comunicado.
A Casa Branca alega que há outros 50 jornalistas do canal de notícias que estão acreditados para cobrir a residência oficial e que Acosta "não é nem menos nem mais especial do que qualquer outro repórter".