Segundo o comunicado da associação, citado pela agência EFE, Sebastião Salgado será reconhecido pelo seu trabalho, que incentiva a paz e a justiça social e sublinha a importância de temas como a proteção do clima e da natureza..Heinrich Riethmüller afirma que, com o Instituto Terra, uma organização não-governamental que o fotógrafo fundou em 1998, "criou uma instituição que luta pela preservação da diversidade e dos ecossistemas", cita a EFE..Sebastião Salgado destaca-se pela sua obra fotográfica, apresentada em exposições e livros, e "dá visibilidade a seres humanos que foram retirados dos seus locais, devido a guerras e catástrofes naturais, assim como aqueles que estão presos ao seu ambiente natural", explica a agência..O fotógrafo brasileiro, nascido em Aimores, no estado de Minas Gerais, estudou Economia e, desde o início da sua carreira, tem abordado temas como a pobreza, os "sem casa" e a guerra, expostos em fotografias a preto e branco..Cooperou, a partir de 1971, com organizações como Médicos sem Fronteiras, UNICEF, UNESCO e Repórteres sem Fronteiras em projetos de desenvolvimento em África, onde firmou a sua paixão pela fotografia..Em meados da década de 1990, Sebastião Salgado regressou ao Brasil e dedicou-se à reflorestação de 680 hectares de terreno envolvente à fazenda dos seus pais, convertidos, anos mais tarde, numa reserva natural, que deu origem ao Instituto Terra..Sebastião Salgado coligiu a sua obra em álbuns temáticos como "Trabalho", publicado em 1994, e "Terra", de 1998, ano em que a editorial Caminho publicou "Um Fotógrafo em Abril", com imagens captadas durante a Revolução de 1974..Em "Retratos de Crianças do Êxodo" (2000) Sebastião Salgado reuniu fotografias feitas em Moçambique, na década de 1990, de crianças perdidas das famílias, por causa da guerra.."África" (2007) e "Génesis" (2013), por seu lado, evidenciam "refúgios da natureza pura e da ideia de fragilidade atual do mundo", lê-se na informação citada pela Efe.