Formação política com apenas cinco dias convidada a formar governo na Grécia

União Popular, formação criada na sexta-feira por ministro dissidente do Syriza, Panagiotis Lafazanis, tornou-se a terceira maior e passou à frente do Aurora Dourada.
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Criada há apenas cinco dias por um grupo de dissidentes do Syriza, entre os quais o ex-ministro da Energia Panagiotis Lafazanis, a União Popular recebeu ontem o mandato do presidente grego para tentar formar governo. "Nós não temos ilusões. Não é possível formar um governo antirresgate durante esta legislatura. Mas vamos usar este mandato para mostrar que a única coisa que conseguirá lutar pelo interesse do país e do povo grego será um novo Parlamento antirresgate", declarou ontem Lafazanis, admitindo que esgotará o prazo de três dias contemplado pelo mandato presidencial sem conseguir aliados para formar uma coligação. E que o desfecho inevitável de mais esta crise política será a convocação de legislativas antecipadas na Grécia - possivelmente para 20 de setembro.

A União Popular, formação política antirresgate que foi criada na passada sexta-feira, critica a mudança de posição do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que de crítico radical dos memorandos e da austeridade a eles ligada passou a defensor de um terceiro resgate de 86 mil milhões de euros. "Alguns pensam que podem esconder as consequências dos [programas de resgate] dos gregos. Isto é um recuo democrático, senão uma aberração antidemocrática", declarou ontem Lafazanis, ao ser recebido pelo chefe do Estado grego Prokopis Pavlopoulos em Atenas.

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