Forças Armadas: não houve benefícios nem ilegalidades

O caso da exoneração retroativa e da vaga criada à medida de um general levou o Ministério da Defesa a pedir esclarecimentos
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O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) garante que não houve "qualquer benefício e/ou prejuízo" , nem "violação dos preceitos legais", no processo de promoção do tenente-general Tiago Vasconcelos, atualmente no posto de adjunto para o Planeamento do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Pina Monteiro. O Ministério da Defesa (MDN), que tinha pedido esclarecimentos aos chefes militares considera "a situação esclarecida".

Em causa estava a promoção do major-general Tiago Vasconcelos, antigo adjunto do último governador de Macau, Rocha Vieira. Conforme o DN noticiou no passado sábado, a desencadear a situação esteve a demissão da GNR e a passagem à reserva, antes do tempo previsto, do major-general Rui Moura, no dia 18 de janeiro. Com essa decisão arrastou para a reserva Tiago Vasconcelos, a quem estava prometida a promoção a tenente-general e a sua colocação como adjunto de Pina Monteiro.

Perante os factos, segundo a informação recolhida pelo DN, foi criada uma vaga antes da data de saída de Moura. Foi assim que o tenente-general Sílvio Sampaio, que se encontrava a desempenhar funções de adjunto do CEMGFA soube no dia 20 que teria de ser exonerado a 17. Mas como tinha, entretanto, assinado documentos, foi preciso apagar as "pegadas digitais" dos mesmos, como foi a ordem de serviço n.º 3, datada de dia 20 e assinada por Sampaio. Foi alterada duas vezes. Na quinta-feira o MDN dissera ao DN estar a aguardar " uma informação interna" que estava a ser elaborada pelo EMGFA para esclarecer este assunto". Ontem o EMGFA publicou no site o esclarecimento. Salienta que a vaga preenchida agora por Tiago Vasconcelos estava prevista desde 1 de janeiro, afastando assim a teoria da "vaga artificial". Quanto às "correções" na ordem de serviço foram "atos meramente administrativos". Não explica, porém, o porquê da exoneração retroativa de Sílvio Sampaio. Questionado o EMGFA, não respondeu até ao fecho da edição.

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