Folio. Vontade e futuro

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Quantas vontades são necessárias para fazer o Folio? Todas. Num ano difícil, de necessidade de repensarmos o Folio e a sua continuidade, ousámos afirmá-lo como imprescindível na agenda cultural local, regional, nacional e internacional.

Estávamos em janeiro. Eram nove meses para passarmos da utopia à revolução.

Foi preciso recolher vontades e procurar dentro de cada uma, essa nuvem que é o desejo humano de evoluir, transcender e libertar.

Qual Blimunda, procurámos os homens e mulheres, cúmplices deste sonho, e o nosso frasco das vontades ia enchendo. São tantos os que sonham como nós! Foram tantos os que nos entregaram a sua "vontade" e o Folio, qual passarola, estava pronto para voar. E, com ele, a concretização do sonho coletivo: a cultura como ação transformadora.

A 19 de outubro o Folio levantou voo. E foi revolução feita, sentida, refletida, pensada, lida. E foi revoltas, gritadas e manifestadas. E foi rebeldias, individuais, disruptivas, transformadoras. E a vila literária de Portugal foi a casa de encontros, reencontros, descobertas, partilhas, emoções, pasmos...

Foram 11 dias de Folio. Não se descrevem, porque os sentimos, porque fizemos parte, porque são os sentires de cada um que dão significado a este conceito - Folio - tão de todos; tão de cada um.

A todos os amigos de Óbidos, a todos os que nos entregaram a sua vontade, mil obrigados. Que belo voo fizemos juntos! E tantas passarolas ainda temos para fazer levantar voo!

Até para o ano. Até lá, revolucionemos, façamos as revoltas e rebeldias do dia-a-dia que nos transformam e, surgidas das vontades, revolucionam o mundo.

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