Foi morto pelo próprio gangue por mostrar invasão de favela no Facebook
A divisão de homicídios da polícia brasileira está a investigar o caso, mas não restam muitas dúvidas sobre a morte de um brasileiro conhecido por "Cigarrão", membro de uma quadrilha que, na noite de sexta-feira, invadiu a favela da Nogueira, na zona de Realengo, município do Rio de Janeiro.
O criminoso decidiu transmitir em direto no Facebook a ação criminosa, para se vangloriar do poderio do gangue, mas a ideia acabou por lhe custar a vida: os colegas não gostaram, uma vez que nas imagens poderiam ser identificados pela polícia, e assassinaram-no.
Segundo o jornal brasileiro O Globo, no vídeo, um dos outros membros da quadrilha é ouvido a perguntar a Cigarrão se iria "jogar no Face" as imagens, levando como resposta um não imediato. Porém, nesta altura, já Cigarrão transmitia em direto para os seguidores no Facebook, caminhando pela rua com uma arma na mão e deixando ver outros homens fortemente armados, só alguns encapuzados.
"Vimos o vídeo que ele transmitiu e foi excelente, pois possibilitou, inclusive, identificar alguns integrantes. A conduta dele certamente fugiu ao padrão atual das milícias que é a discrição. Quanto à morte, de facto, há informações de que ele tenha sido morto pelos próprios comparsas, mas não posso afirmar ainda", disse ao Globo o delegado Alexandre Herdy, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais.