FNE não chega a acordo com Ministério sobre novo regime de concurso docente

A Federação Nacional de Educação (FNE) anunciou hoje a falta de acordo com o Ministério, sobre o novo regime de concurso de professores, invocando que "o sacrifício" pedido aos docentes, para lecionarem mais longe de casa, não os isenta da mobilidade especial.
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"Não aceitamos que, querendo que os professores aumentem a sua disponibilidade geográfica, o Ministério [da Educação], em vez de garantir que não os coloca na mobilidade especial, venha, ao contrário, dizer que é possível aplicar-lhes [o regime da] mobilidade especial [da Função Pública]. Foi isso que inviabilizou chegarmos a acordo", afirmou à agência Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.

A FNE reuniu-se hoje com o Ministério da Educação, para uma última ronda negocial sobre a proposta que estabelece dez Quadros de Zona Pedagógica (QZP), em vez dos atuais 23, o que aumenta a distância de casa a que os professores podem ficar colocados.

Para a FNE, não faz sentido mexer nos QZP, uma vez que do seu redimensionamento não resulta a melhoria da vida dos docentes.

Em março, o ministro da Educação, Nuno Crato, admitiu que o regime de mobilidade especial aplicável aos funcionários públicos abrangerá também os professores.

"O que o ministro da Educação fez, nos últimos tempos, foi dizer que não podia evitar que os professores fossem incluídos no regime de mobilidade especial. O que dissemos é que não temos professores excedentários. Os professores que temos são absolutamente indispensáveis, eventualmente até poucos, insuficientes, para a totalidade das respostas educativas", apontou João Dias da Silva.

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