FMI quer processo de escolha de novo líder decidido até outubro
O Fundo Monetário Internacional (FMI) arrancou esta sexta-feira, 26 de julho, com o processo para encontrar um sucessor para Christine Lagarde. "A Comissão Executiva anunciou hoje que adotou um processo aberto, baseado no mérito e transparente para a seleção do próximo diretor-geral, semelhante ao usado nas últimas rondas", indica o FMI em comunicado.
A instituição (que foi credora de Portugal na altura em que o país recorreu a um programa de assistência económica e financeira) quer que o nome do sucessor de Lagarde seja alcançado através de um consenso. A ambição é que todo o processo esteja concluído dentro de cerca de dois meses. "O Conselho tem a intenção de completar o processo a 4 de outubro de 2019".
Christine Lagarde, ainda líder do Fundo, já apresentou a sua demissão, deixando a instituição com sede em Washington (EUA) em meados de setembro, para regressar à Europa para presidir ao Banco Central Europeu. A advogada francesa de 63 anos vai, a partir de novembro, passar a comandar os destinos da autoridade monetária da Zona Euro, ocupando a cadeira deixada livre pelo italiano Mario Draghi, que termina o seu mandato de oito anos no banco central a 31 de outubro.
Oficialmente, a corrida à liderança do FMI só arrancou esta sexta-feira. Contudo, desde que a francesa foi nomeada pelo Conselho Europeu para o BCE, que têm surgidos vários nomes para ocupar o lugar que entretanto vai ficar vago. Um deles é precisamente o do ministro das Finanças de Portugal. Mário Centeno está, pelo menos para já, nas listas do Partido Socialista para as próximas eleições legislativas.
Ainda assim, o futuro líder da instituição é ainda uma incógnita e, provavelmente, só no final do processo vai ficar claro se a tradição se manteve: a liderança do FMI fica a cargo de um europeu.