Florence Welch: "O público é o verdadeiro espetáculo e vocês deram um espetáculo incrível"

Florence + The Machine, a banda mais esperada do segundo dia do festival Kalorama, atuou esta sexta-feira para um público que riu, chorou e dançou.
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O relógio marcava as 20:20 quando o público desceu a colina do Parque da Bela Vista para ver Florence + The Machine, uma presença frequente nos festivais portugueses. Ainda no ano passado foi cabeça de cartaz no Nos Alive no Passeio Marítimo de Algés.

Dias antes desta edição do Kalorama, a cantora inglesa publicou na sua conta de Instagram um comunicado em que pedia desculpa pelo cancelamento de alguns concertos devido a uma cirurgia de emergência aos pés que afirma ter salvado a sua vida. "Talvez não salte tanto mas podem fazê-lo por mim", escreveu referindo-se aos concertos que não cancelou, em Lisboa e em Málaga, Espanha.

Apesar de no início se ter contido e tentado evitar os saltos que marcam os seus concertos, o inevitável aconteceu. Durante uma hora e vinte, Florence Welch trouxe a palco os seus clássicos como You Got The Love e Shake It Out, e algumas das suas músicas mais recentes, como King e Dream Girl Evil, que o público acompanhou com a letra na ponta da língua.

"Estava a sentir-me frágil mas depois de chegar aqui senti-me curada. Senti que queria ter alguém a segurar-me a mão ao longo de todo este concerto e tenho uma amiga, que já atuou neste festival, que disse que vinha cantar esta música comigo e me dava a mão". De mãos dadas, Florenc, de e vestido de preto e a cantora Ethel Cain, que se estreou esta sexta-feira em Portugal, vestida de branco cantaram juntas Morning Elvis.

Como é habitual nos seus concertos, a cantora britânica pediu ao público para cumprir um pequeno ritual: guardar os telemóveis durante a música Dog Days Are Over e dançar. "Olhem em volta e digam às pessoas com quem vieram que as adoram e que têm saudades delas", pediu Florence Welch. O público cumpriu: muitos saltos e poucos telemóveis.

Florence + The Machine saíram do palco, confundindo o público sobre se aquilo seria realmente o final, sem uma despedida. Depois de um compasso de espera, acabaram por voltar para o encore.

"Obrigada! Estava nervosa para este concerto mas vocês tornaram-no incrível. Uma coisa que aprendi em todos estes anos é que o público é o verdadeiro espetáculo e vocês deram um espetáculo incrível", dando a entender que iria voltar a pisar os palcos portugueses brevemente.

Tal como no concerto de 2022 no Nos Alive, Florence terminou a noite a cantar Rabbit Heart (Raise It Up), uma música que deixou de cantar por ser difícil e ter sido escrita quando tinha 20 anos. "Não sabia o que era estar triste. Agora guarda-a com carinho", levando a um momento emocional com um coro de milhares.

Este sábado, o último dia de festival, sobem ao palco os canadianos Arcade Fire, e também os Foals, Pabllo Vittar e Dino D'Santiago.

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