Final: Lloris e Modric afastam emoções do relvado

Capitães de França e Croácia querem os companheiros concentrados e capazes de afastar as emoções para chegarem à vitória na final do Mundial 2018 deste domingo (16:00)
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Hugo Lloris não esquece a final do Euro 2016 perdida para Portugal, antes prefere retirar conclusões construtivas. Luka Modric quer que as emoções fiquem fora do relvado. Palavra aos capitães dos finalistas do Mundial 2018.

"A maioria dos jogadores que aqui está não estava presente [há dois anos em Paris], mas para os que estavam foi, obviamente, difícil de digerir", assumiu o guarda-redes que em 2016 só foi batido no jogo decisivo do Europeu aos 109 minutos, pelo remate de Éder. Mas o francês parece ter absorvido ensinamentos, e agora olha friamente para a decisão do Mundial 2018. "Há dois anos, não sabia se íamos ter outra oportunidade, mas estamos na final do Mundial e há uma série de coisas que mudam, desde logo, na preparação antes do jogo", apontou.

"Vamos jogar contra um adversário de muita qualidade, que demonstrou qualidades físicas e mentais incríveis. Mostraram valor ao longo de todo o torneio, e passaram três vezes consecutivas por prolongamentos. Há algo de muito especial na Croácia. Além do talento individual, tem uma força coletiva incrível", analisa Lloris, que "tem muito respeito" pelo adversário.

Por tudo isto, as emoções têm de ficar de lado e a palavra de ordem é concentração: "Nos 90 minutos, em 120, e se formos para uma decisão nos penáltis, sabemos que o Subasic já foi protagonista, por isso, temos de estudar os adversários"..

Luka Modric defende mesmo que "é preciso deixar as emoções de lado". "Antes de um jogo importante, não devemos mudar nada. Vamos estar relaxados e prepararmo-nos exatamente da mesma maneira que para os outros jogos. Não há nada de espetacular", observou.

O capitão da Croácia já se inspirou para o discurso que fará no balneário antes da final - confessando repetirá a mensagem que o holandês Johan Cruyff transmitiu aos jogadores do Barcelona no dia da final da Liga dos Campeões em Wembley, contra a Sampdoria, em 1992: "Vão e desfrutem".

Mas não é só em Cruyff, que Modric se baseia. "Essa mensagem é a mesma que o nosso treinador nos transmite. Zlatko Dalic quer que os jogadores se divirtam e desfrutem a jogar futebol", revelou.

Resumindo, "é preciso deixar as emoções de lado e dar ainda mais em campo do que nos outros jogos, porque é uma final". Mas isso é só durante a partida: "Queremos deixar toda gente feliz".

Modric, que tem uma enorme claque a pedir que seja eleito o melhor do mundo esta época, elogia o treinador. "Ele chegou num momento difícil, quando a qualificação estava em dúvida, mas disse-nos que deveríamos confiar em nós mesmos porque somos grandes jogadores. Agora estamos na final do Mundial", concluiu.

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