Samora Machel Júnior, filho do primeiro presidente moçambicano, Samora Machel, será candidato a presidente do município de Maputo pela Ajudem, um grupo da sociedade civil, depois de ter sido rejeitado nas eleições internas da Frelimo, partido no poder..O mandatário da Associação Juvenil para o Desenvolvimento de Moçambique (Ajudem) junto aos órgãos eleitorais, Albino Forquilha, submeteu hoje a lista dos candidatos do grupo à Comissão Nacional de Eleições (CNE), tendo confirmado que Samora Machel Júnior será o cabeça-de-lista da organização às eleições municipais de 10 de outubro.."Depois de ter sido feito um convite pela sociedade civil, Samora Machel Júnior aceitou e ele será o nosso cabeça-de-lista", afirmou Albino Forquilha..Forquilha assinalou que a candidatura de Samora Machel Júnior não significa a renúncia à qualidade de membro da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), uma vez que a Ajudem não é um partido político, mas um grupo da sociedade civil.."Não sei se vai haver problemas com a Frelimo, porque todos concorremos pelo desenvolvimento do país, Samora Machel junta-se a um grupo da sociedade civil", acrescentou..Albino Forquilha, que é o número dois na lista da Ajudem, admitiu a possibilidade de Samora Machel Júnior renunciar ao Comité Central da Frelimo, na sequência da sua candidatura a presidente do município de Maputo..O filho de Samora Machel Júnior viu a sua candidatura nas eleições internas do partido no poder para autarca de Maputo ser rejeitada por razões até agora desconhecidas..O político recorreu à Comissão Política da Frelimo, mas o órgão nunca se pronunciou e o processo encerrou com a eleição de Eneas Comiche para candidato do partido no poder a autarca da capital..Samora Machel Júnior nasceu do casamento entre Samora e Josina Machel, ainda no tempo da luta de libertação nacional. Josina Machel morreu em 1971, tendo Samora Machel casado com Graça Machel..Machel foi o primeiro presidente moçambicano pós-independência, entre 1975 e 1986, ano em que morreu num desastre aéreo..As eleições autárquicas vão realizar-se em 53 municípios de Moçambique e serão as quintas na história do país, depois da realização das primeiras do género em 1998, no âmbito da introdução da municipalização.