À chegada ao aeroporto de Narita (leste de Tóquio), a nova embaixadora, que foi recebida por uma multidão de jornalistas, leu um comunicado em que diz ser uma "honra poder trabalhar para fortalecer os estreitos laços entre os dois países"..A advogada, de 55 anos, que se fez acompanhar pelo marido, Edwin Schlossberg, recordou que o seu pai quis ser o primeiro presidente dos Estados unidos a visitar o Japão, pelo que está "orgulhosa" de continuar com o seu "legado de serviço público"..Única sobrevivente da família de Kennedy - que foi Presidente entre 1961 e 1963 -, Caroline será a primeira mulher a dirigir a embaixada dos EUA no Japão, iniciando funções na próxima terça-feira, altura em que deverá apresentar as suas credenciais ao imperador Akihito..Embora sem experiência diplomática, no novo cargo, Caroline Kennedy vai deparar-se com assuntos como a realocação das tropas norte-americanas no arquipélago, herança da II Guerra Mundial, ou delicadas negociações para a assinatura de tratados comerciais..A relação da nova embaixadora com o Japão limita-se à lua-de-mel que passou no país, em 1986, e a uma viagem, aos 20 anos, que fez com o tio, o falecido senador Edward Kennedy a Hiroshima..Nascida em Nova Iorque e mãe de três filhos, que se vão mudar em breve para Tóquio, Kennedy manteve-se afastada da política durante quase toda a sua carreira, apesar de, em 2008, ter tido um papel ativo na campanha de Obama, tal como na sua reeleição em 2012..Em 2009 interessou-se pelo assento no Senado deixado vago por Hillary Clinton quando se tornou secretária de Estado, mas, pouco depois, acabou por renunciar a essa aspiração por "motivos pessoais"..Caroline Kennedy vai substituir o diplomata John Roos, que assumiu o posto diplomático de Tóquio em 2009 e que foi o primeiro embaixador norte-americano a assistir a uma cerimónia em homenagem às vítimas de Hiroshima e Nagasaki, cidades destruídas pelas bombas atómicas lançadas pelos Estados Unidos em 1945.