Festival Tremor aposta em mais de 60 eventos durante cinco dias

Música, arte, cinema, workshops e paisagem. A 4.ª edição do festival Tremor começa amanhã na ilha de São Miguel.
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Aos já tradicionais concertos surpresa e às 24 horas seguidas de festival, neste ano o festival Tremor juntou duas novidades: Em Conversa com The Creative Independent e Tremor Todo o Terreno. A partir de amanhã e até sábado, um pouco por toda a ilha açoriana de São Miguel, lojas de roupa, bares, hostels, cafés, garagens, salas de espetáculo, locais à beira-mar e até um estaleiro de traineiras servem de palco aos mais de 60 eventos da 4.ª edição do festival Tremor.

As inscrições já estão esgotadas - aliás, "esgotaram em algumas horas" - mas António Pedro Lopes destaca a nova secção do festival, Tremor Todo o Terreno, "uma forma de abraçar a paisagem da ilha". Concretizando, são duas experiências de caminhada pela natureza com banda sonora do compositor holandês Jacco Gardner, que está em residência no Tremor.

Já Em Conversa com The Creative Independent serão dois momentos de debate com foco nas mulheres na música. Esta secção, inserida no projeto Women in Music e que conta com o apoio da FLAD e da Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, terá a participação de artistas nacionais e norte-americanas. O objetivo é debater "os contextos em que se movimentam, a relação que estabelecem com a comunidade, refletir sobre o que é estar num mundo dominado por homens", refere o codiretor artístico do festival.

Neste "grande recreio experimental em que brincamos com a ilha e aproveitamos para programar outras artes", destaque para os quatro momentos Tremor na Estufa. O nome não deixa adivinhar, mas trata-se de concertos surpresa em que as pessoas são convidadas a entrar num autocarro (o ponto de encontro é o Posto de Turismo na marginal de Ponta Delgada, embarcando numa viagem para um destino secreto onde vão assistir a um concerto surpresa. "No ano passado, num movimento espontâneo de solidariedade, os concertos que à partida eram para 50 pessoas transformaram-se em concertos para 300, 500 pessoas, com pessoas a juntarem-se, nos seus carros, seguindo atrás do autocarro do festival", conta António Pedro Lopes.

É no Armazém do Armador, um estaleiro de construção de traineiras na vila de Rabo de Peixe, que amanhã, pelas 19.00, arranca esta quarta edição, com a projeção do documentário AZ-RAP: Filhos do Vento, sobre o hip-hop açoriano, e a atuação da escola de música local, que vai interpretar música do rapper açoriano Sandro G.

No último dia, uma verdadeira maratona que começa com o Mini Tremor (10.00), e passa pela atuação de nomes consagrados como os Mão Morta, que se estreiam no arquipélago, e Bonga.

Informação útil:

Ponta Delgada, São Miguel, Açores

A partir de amanhã e até dia 8 Bilhetes: 25 euro passe geral

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