Felipe VI não convidou Rajoy para formar governo
"O rei não me convidou para formar governo", disse o primeiro-ministro espanhol, depois da reunião com Felipe VI no final da segunda ronda de contactos do monarca para nomear um candidato ao debate de investidura. No final da primeira ronda, o rei convidou Rajoy, mas este declinou por não ter apoio.
"Disse ao rei que ainda não tenho maioria para tentar formar governo porque o PSOE se nega ao diálogo, que é prévio ao acordo. Eu não posso garantir um governo estável", referiu Rajoy, dizendo que não renuncia a apresentar-se à investidura no futuro.
Felipe VI convocou o presidente do Congresso, Patxi López, para uma reunião no Palácio da Zarzuela às 19.30 (18.30 em Lisboa) para lhe comunicar se há ou não um candidato ao debate de investidura.
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De manhã, o socialista Pedro Sánchez disse ao monarca que estava disposto a tentar formar governo se Rajoy, líder do partido mais votado nas eleições de 20 de dezembro, voltasse a "renunciar à sua obrigação".
Questionado sobre se Felipe VI vai pedir a Sánchez para formar governo, Rajoy disse que "seja qual for a decisão do rei" vai respeitar.
Rajoy repetiu ao rei que "o resultado das urnas manda uma mensagem clara e nítida. Os espanhóis querem que dialoguemos e nos entendamos para formar governo". E reiterou que a sua proposta de governo é um pacto entre PP, PSOE e Ciudadanos, "presidido pelo Partido Popular por ser a força política com mais votos".
Segundo o primeiro-ministro, "estas forças políticas coincidem nos grandes temas: a igualdade dos espanhóis, a nossa posição na Europa, a luta contra o terrorismo e os grandes objetivos nacionais, como a recuperação económica e criar emprego".
A proposta "mais sensata e mais razoável", refere Rajoy, dizendo que a alternativa à esquerda "não é boa para Espanha", falando numa aliança "contraditória".