Feira da Ladra recriada na Avenida por uma noite
"Faz parte do nosso bairro", justifica Reinaldo Ventura, há quatro anos ensaiador em São Vicente. Ogrupo vai apresentar-se a concurso em tons de verde, vermelho, branco e lilás... e sem um lugar um mente. "Vai ser um bom espetáculo. Que as pessoas gostem, que o júri goste e nos dê uma classificação adequada", afirma, enquanto Bruno Santos, responsável pela organização da marcha, lembra que a avaliação é sempre algo "subjetiva". Em 2013, conquistou a 7.ª posição e o galardão de "Melhor Composição Original".
Embora não presida à Academia Recreativa Leais Amigos, o antigo marchante não tem dúvidas de que o evento é "fundamental" para a sobrevivência da coletividade, ainda que nem sempre seja fácil encontrar interessados em participar. "Há pessoas de fora que fazem o sacrifício. Como não há gente...", frisa Reinaldo Ventura, antes de "Milú" lançar o apelo aos jovens para que, pelo menos, experimentem.
"A marcha não é só a Avenida [da Liberdade]", lembra a residente em Campo de Ourique, que há 26 anos representa São Vicente, depois de se ter estreado a convite de um amigo. No pátio da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário, onde decorre o ensaio, a sua energia é tanta como a dos mais novos.