Federação 'segura' selecionador Edgardo Bauza
O novo presidente da Federação Argentina de Futebol (AFA), Claudio Tapia, defendeu esta segunda-feira o selecionador Edgardo Bauza, negando contactos com Jorge Sampaoli, treinador do Sevilha, para o substituir.
"Bauza é o treinador da seleção da Argentina. Tem um contrato assinado e os contratos são sempre para respeitar. Vamos reunir com ele. Estarei com ele esta semana, quarta ou quinta-feira, para conversar, para analisar toda a situação", disse o dirigente, ao diário La Nación.
No apuramento para o Mundial2018, na Rússia, a seleção 'albi-celeste' está num perigoso quinto lugar na qualificação sul-americana, com 22 pontos, em competição liderada pelo Brasil (33), seguido da Colômbia (24), Uruguai (23) e Chile (23), e com o Equador, sexto, a apenas dois pontos (20).
"Temos a mesma necessidade que todos. Todos queremos que a seleção jogue bem e ganhe, que se apure da melhor forma e jogue bem no Mundial, mas há que ter a consciência de que os treinadores não têm tempo de trabalho suficiente", lembrou.
Quanto ao futuro de 'Patón', o responsável, que assumiu o cargo quarta-feira, disse que não teve responsabilidade na sua escolha: "Não sei o seu pensamento nem as suas ideias. Quando falarmos analisaremos o que fazer".
A possibilidade avançada pelos media de Sampaoli substituir Bauza foi desvalorizada, com o dirigente a recordar que este "está em Espanha" e que "ninguém pode chamar um treinador enquanto há outro em funções".
"A seleção tem um treinador, Bauza, bem-sucedido. Há que defendê-lo e ouvi-lo. Não falei com ele, mas entendo que tem a força e a vontade necessárias para continuar", vincou.
Tapia revelou ainda que a AFA está a "trabalhar" para reduzir o castigo da FIFA imposto a Lionel Messi, com quatro jogos de suspensão por ter insultado um árbitro. O dirigente vai a Espanha falar com o jogador do Barcelona.
"Quando o Messi não joga, a seleção sente muito a sua ausência. Há muitos temas para falarmos. Também quero pedir-lhe o mesmo de sempre: que continue a vir e a gostar da seleção. Não podemos deixar de o reconhecer", concluiu.