"Fiquei muito surpreendida com a reação à primeira temporada. Só nos EUA, 10 milhões viram o primeiro episódio, é entusiasmante e senti-me orgulhosa". Em vésperas do arranque das gravações da segunda temporada de Fear The Walking Dead, o spin-off do fenómeno de popularidade The Walking Dead, a protagonista da série dramática falou ao DN sobre o êxito da trama, a dinâmica nos bastidores e a atual época de ouro da televisão.."Temos que agradecer à série que nos deu origem, tivemos a sorte de termos recebido parte da audiência que ela criou. Iremos continuar a trabalhar arduamente para a manter. Mas fiquei chocada quando soube que a segunda temporada tinha sido encomendada mesmo antes da primeira se ter estreado", explica Kim Dickens, que dá vida a Madison na série exibida entre nós no AMC Portugal e criada por Robert Kirkman (o mesmo autor de The Walking Dead)..Sobre os novos episódios, que ainda não têm data de regresso ao pequeno ecrã, pouco ou nada de sabe, mas a atriz norte-americana acrescenta: "Não posso dizer grande coisa, mas estou certamente entusiasmada e nervosa. Não sei o que vai acontecer à minha personagem, espero que ela sobreviva. As expectativas estão altas porque queremos ser renovados para outra temporada, claro", ri-se a protagonista da série que mostra o início do apocalipse que dá mote a The Walking Dead..Curiosamente, a norte-americana de 50 anos, e que já entrou em séries como Lost - Perdidos, House Of Cards e Sons Of Anarchy, passou ao lado do fenómeno The Walking Dead. "Nunca tinha visto um episódio quando fui convidada para este spin-off, apesar de saber da sua existência e popularidade. Esperei até terminar as gravações da primeira temporada para começar a ver a série", revela Dickens ao DN, elogiando ainda o criador, Robert Kirkman. "Sempre que ele nos visita, é fantástico. Ele é espetacular, descontraído e adorável, e um escritor incrível", frisa..Sobre o ambiente nos bastidores da série que conta ainda com atores como Cliff Curtis, Frank Dillan, Elizabeth Rodriguez ou Merdeces Mason, entre a equipa de atores e técnicos, o balanço não podia ser melhor. "São todos muito profissionais. Este elenco é uma bênção. É focado e dedicado, coloca o seu coração no trabalho mas também se ri e descontrai em conjunto nas pausas", conta Kim Dickens, acrescentando que o facto de receber, muitas vezes, o guião apenas dois dias antes de gravar, torna o projeto mais entusiasmante. "Não me incomoda, já estou habituada. É uma forma de me manter focada e presente no momento", diz..A trabalhar para a mesma estação por cabo que apostou em séries como Mad Men, Breaking Bad ou The Walking Dead, Kim Dickens elogia a capacidade de tomar riscos do AMC. "É precisamente aqui que quero estar, estou feliz. Não vamos mais longe: Mad Men é a minha série preferida de sempre, é um projeto incrível", revela a atriz, pronunciando-se, ainda, sobre a era de ouro atual da ficção televisiva. "Temos cada vez mais canais por cabo, plataformas, estúdios e serviços de streaming. Isto abriu portas para mais material e uma maior liberdade criativa, porque já não se está tão limitado a anunciadores e restrições das estações. Artistas de todos os ramos estão a caminho da TV", adianta ao DN..A atriz, que tem balançado entre o pequeno e o grande ecrãs ao longo da sua carreira, tem também outro projeto, atualmente em fase de pós-produção: o novo filme de Tim Burton, Miss Peregrine"s Home for Peculiar Children, que chega no próximo ano. "Foi muito divertido. O meu papel não é dos principais mas fazer parte do mundo de Burton foi um sonho tornado realidade. Ele é um homem porreiro com uma personalidade encantadora", confessa Kim Dickens. "Sinto-me uma sortuda por ter participado nos meus últimos filmes. Há quem não goste de gravar com a rapidez da TV, mas a verdade é que esta oferece histórias e personagens incríveis. Enquanto conseguir andar entre os dois meios, fico feliz. As dinâmicas são diferentes mas representar é representar", remata a protagonista de Fear The Walking Dead..Leia mais na edição impressa ou e-paper do DN.