Fariñas libertado após quase 48 horas de detenção
O jornalista explicou que esteve em instalações da polícia em Santa Clara desde quinta-feira à tarde até hoje de manhã e acrescentou que foi a sua quarta detenção no período de uma semana.
Fariñas disse que agentes de segurança o prenderam na passada quinta-feira com outros opositores por protestar na rua contra o desaparecimento de um computador da casa do dissidente Jorge Luis Artiles. Os opositores atribuem às autoridades a responsabilidade pelo ocorrido.
Guillermo Fariñas afirmou já ter sido detido e libertado pouco depois nos dias 17, 18 e 21, mas referiu que o tratamento que recebeu da polícia foi "normal" e "não houve qualquer tipo de provocação".
Os familiares de Fariñas, galardoado com o Prémio Sakharov dos Direitos Humanos em 2010, tinham considerado "preocupante" a situação do jornalista, devido aos seus problemas de saúde e às sequelas das muitas greves de fome que fez desde 1996.
Por outro lado, a Comissão Cubana dos Direitos Humanos e Reconciliação Nacional denunciou esta semana que nos últimos dias se registaram dezenas de detenções de opositores em Santiago de Cuba, Holguín, Villa Clara e Havana.
Entre os detidos encontra-se o ex-preso político do 'grupo dos 75', José Daniel Ferrer, detido na quinta-feira, disse a comissão, acrescentando que se desconhece o seu paradeiro.
Os dissidentes que foram presos durante o período que ficou conhecido como a "primavera negra", em 2003, ficaram conhecidos como o 'grupo dos 75'.