Faria de Oliveira afasta hipótese de imposto sobre depósitos

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Fernando Faria de Oliveira, considerou hoje que as situações vividas no Chipre e em Portugal são totalmente distintas, pelo que a eventual aplicação de um imposto sobre os depósitos está afastada.
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"Não faz nenhum sentido fazer qualquer comparação entre a situação cipriota e a do nosso país e pensar que em Portugal pode ser aplicada a mesma medida (imposto sobre os depósitos). Portugal necessita incentivar a poupança e o investimento", salientou o responsável, em declarações escritas enviadas à agência Lusa.

Segundo Faria de Oliveira, "este acordo com o governo cipriota não é generalizável a nenhum outro país da UE [União Europeia], pois deriva das condições particulares do sistema financeiro cipriota, cuja dimensão é muito superior à da sua economia. Na banca cipriota há um elevado peso dos depósitos de não residentes. Por outro lado, o montante necessário para a recapitalização da banca, no âmbito do plano de resgate de Chipre, é um múltiplo muito elevado face à economia do país".

Por isso, o presidente da APB sublinhou que "é um absurdo fazer qualquer comparação com a banca portuguesa, que está solvente, já foi bem capitalizada e apresenta uma liquidez confortável".

Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram no sábado um resgate financeiro ao Chipre, que prevê a cobrança de taxas sobre os depósitos bancários, anúncio que provocou uma corrida às caixas multibanco naquele país.

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