Famílias mais pobres obrigadas a pagar livros escolares

Há muitas famílias carenciadas que beneficiam da Ação Social Escolar obrigadas a adiantar o dinheiro para a compra dos manuais escolares. No 7.º ano, por exemplo, a despesa ultrapassa os 300 euros.
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Há muitas famílias carenciadas que beneficiam dos Serviços de Ação Social Escolar obrigadas a adiantar o dinheiro para a compra dos manuais. No 7.º ano, por exemplo, a verba ultrapassa os 300 euros, uma despesa difícil de suportar para muitos agregados familiares, que ficam semanas à espera do reembolso. Neste ano de escolaridade, um aluno do escalão A recebe uma comparticipação de 176 euros, que desce para os 88 nas famílias inseridas no escalão B.

Muitos encarregados de educação pedem ajuda à Cáritas. "Adiantamos o dinheiro e muitas vezes sem exigir retorno, porque quando recebem das escolas precisam de satisfazer outras necessidades", conta Eugénio Fonseca. Segundo o presidente da Cáritas, "há inclusive quem ainda não tenha recebido o apoio correspondente à comparticipação dos livros do ano passado." São casos residuais, ressalva, mas preocupantes. "E como é que as famílias podem adiantar o pagamento se muitas vezes não têm dinheiro? Recorrem à solidariedade de familiares ou de instituições." E há casos em que o ano letivo começa sem que os alunos tenham os livros todos. "Isso gera uma diferenciação social que marca muito."

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