Famílias das vitimas do acidente com avião Air France querem resgate de todos os corpos
"É preciso retirar do mar cada corpo", independentemente do seu estado, disse hoje o presidente da associação de vítimas brasileiras, Nelson Faria Marinho. Marinho, que perdeu o filho no acidente, disse que foi informado na terça-feira pelo Gabinete de Investigação e Análise (BEA), organismo francês responsável pela investigação, da "tentativa de recuperação de um corpo, mas que os resultados eram incertos devido ao tempo de imersão, a 4 mil metros de profundidade, e à pressão".
"Mas nós queremos que sejam resgatados todos os corpos ou o que resta deles, independentemente do seu estatuto, para que possamos devolvê-los às famílias", disse a mesma fonte. O porta-voz das famílias brasileiras congratulou-se com a recuperação das caixas negras, mas insistiu que elas sejam analisadas "fora da França".
"O governo francês, do qual depende a BEA - está muito próximo da Air France e da Airbus. As caixas negras devem ser decifradas num país neutro, como os Estados Unidos", defendeu Marinho. As causas do desastre que matou 228, ainda não foram determinadas e a BEA espera que os gravadores de dados do voo possam ajudar a determiná-las.