Familiares das vítimas no voo da Germanwings processam escola da Lufthansa
Familiares das vítimas da queda de um avião da Germanwings, em março de 2015 em França, vão apresentar queixa contra a escola que formou o responsável pelo acidente, informou hoje o seu advogado.
Foi naquela escola localizada perto de Phoenix, no estado norte-americano do Arizona, onde são formados os pilotos da Lufthansa, a cujo grupo pertence a Germanwings, "que o drama começou (...) é onde se encontra o primeiro dominó", disse à agência France Presse Christof Wellens, que representa vários familiares de vítimas.
A 24 de março de 2015, o copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, conduziu deliberadamente contra uma montanha o Airbus A321 da companhia 'low-cost' Germanwings, que fazia a ligação Barcelona-Dusseldorf, matando as 150 pessoas a bordo.
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"O copiloto interrompeu a sua formação lá (na referida escola) durante algum tempo devido a problemas psicológicos. Não a deveria ter retomado", disse Wellens.
Segundo a agência alemã DPA, a queixa deverá ser entregue antes do final do mês num tribunal de Phoenix.
Os advogados dos familiares das vítimas, que consideram a indemnização proposta pela Lufthansa demasiado baixa - 25 000 euros por cada vítima, além de uma primeira ajuda de 50.000 euros -, tinham ameaçado por diversas vezes apresentar queixa nos Estados Unidos, onde as compensações financeiras são potencialmente muito maiores que na Europa.
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